27 de jan. de 2013

Dias cinzas...

É bem assim. Um dia você acha a vida bacana e se sente capaz de mudar o mundo. Vai dormir e acorda com uma névoa cinzenta nos olhos, com um gosto amargo na boca e sem querer interagir com ninguém.
Não, não é transtorno bipolar.
Talvez seja apenas um modo de fazer "exaustão" de toda a dificuldade que a vida impõe.
Mas aí, certamente eu sou injusta com quem gosta de mim e fica perto nesses momentos e também por isso eu quero ainda mais ficar sozinha, para não magoar quem amo.
E se eu mesma não consigo explicar, como posso esperar que alguém entenda como eu me sinto?!
É só isso, de repente os problemas ficam maiores que todo o resto, maiores que eu, e perco a vontade de tudo, de trabalhar, de sair de casa, de conversar, e a única coisa que me atrai é o quarto, o isolamento, o canto escuro da parede onde eu vou  me esconder do mundo.
Isso aí pode durar uma noite apenas, e amanhã eu vou recomeçar a lida um tanto menos ativa, menos estimulada. Mas pode ser o começo de uma longa temporada de dias nublados.

3 comentários:

  1. é bem assim mesmo, dificil d+...

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    1. Chato isso... e é um momento que vai se repetir várias vezes, pela vida afora...

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  2. Eu perdi a mulher que amava muito por causa disso. Era muito dificil ficar com ela dessa forma. Eu a amei muito, sofri muito em ter que escolher deixar morrer o grande amor que eu sentia ou se me deixava afundar psicologicamente junto com ela. Tentei tudo que eu podia. Psicologos, Psiquiatras, exames, remedios, tudo. Mas teve um limite quando me pareceu que nunca teria fim, pois mais que ela tentasse. Sofri muito por ter que matar o amor que sentia. Vivemos momentos inesqueciveis e que nunca consegui viver novamente. Se eu pudesse escolher estaria com ela sem os problemas que ela apresentava. Sei que para ela o problema foi eu, deixo ela pensar assim, pois não faz diferença. O que sei é que a amei, e que apesar de tudo nunca trai ela, mas ela nos seus devaneios acreditava piamente que eu a traia. Eu quis me separar justamente para não ter que trai-la, pois não estava mais feliz em conviver com uma pessoa que voce descreveu aqui.
    Hoje ela vive longe, em outra cidade. Sei que por muito tempo ela sofrei muito até se reestabilizar, eu sofri com isso, mas precisava ficar longe, mesmo sem querer. Quantas vezes quis que ela aparecesse linda, feliz, sorrindo na minha porta, sem suas instabilidades (que sei que não são intencionais).. amei muito ela, muito. E as vezes me sinto lembrando das coisas boas, me dá saudade. Não a odeio, mas odeio essa maldita doença que separa as pessoas. e tirou de mim uma pessoa que amei muito, e que eu gostaria que estivesse comigo. Tive que fazer novas escolhas, viver a vida por consequencia, não por opção, mas pela opção que eu queria não ser possivel. Queira só que ela soubesse que a amei muito e que eu gostaria de não ter tidos os problemas que tivemos.

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